segunda-feira, 31 de agosto de 2009

a técnica já é velha, mas continua a ser perigosa

na foto - Três dos maiores fotógrafos do séc. XX (da esquerda para a direita): Richard Avedon, Irving Penn e Helmut Newton



Ando neste momento a ler a autobiografia de um dos maiores fotógrafos do séc. XX, do genial Helmut Newton ("Autobiography", Helmut Newton, ISBN: 0 7156 3323 6), e é caso para dizer que a sua vida dava um grande filme.

Nascido em Berlim em 1920 com o nome Helmut Neustädter, Helmut Newton era filho de uma abastada família judia. Seu pai era um dos maiores fabricantes de fechos e botões da Alemanha, tendo-lhe, por volta de 1933-34, sido retirada a gestão da fábrica por ser judeu, em favor de um trabalhador ariano. Devido ao progressivo domínio do nazismo, menos de um mês após a "Noite de Cristal" (9 de novembro de 1938), em Dezembro de 1938 Helmut Newton fugiu da Alemanha rumo ao extremo oriente, indo parar, um pouco por acaso, a Singapura. Após o início da guerra, um ano e tal depois da sua chegada a Singapura, por receio de ir parar a um campo de concentração por ser, para todos os efeitos, de nacionalidade alemã (embora com passaporte caducado, o que fazia dele um apátrida), o autor justifica da forma seguinte a decisão de embarcar rumo à Austrália. Diz (tradução minha do original em inglês):

"O facto de eu ser uma pessoa sem nacionalidade não fez muita diferença enquanto estive em Singapura e enquanto não havia guerra, mas, uma vez rebentada a guerra na Europa, eu tornei-me num estrangeiro inimigo. Apesar de eu ser um homem sem Nação, eles sabiam de onde eu vinha. Eu era um estrangeiro inimigo em território inglês. Nós todos o éramos - deveria haver por volta de duzentos de nós que desembarcaram do Conte Rosso (ndt: nome do barco no qual Helmut Newton viajou de Trieste até Singapura).

Nada dramático aconteceu. Como eu disse, tudo acontece sempre muito lentamente. É-se embalado numa espécie de letargia, numa falsa sensação de segurança. Quando começa, já é demasiado tarde. Usualmente não se sofre moléstia física. Se alguma coisa dramática tivesse acontecido, ter-se-ia arranjado uma fuga. Em vez disso, as coisas acontecem devagar - uma pessoa acostuma-se - e outra lei é aprovada.

O mesmo aconteceu na Alemanha em 1933 e 1934, quando disseram: «O dono desta fábrica de botões é um judeu. Tudo bem, mas a partir de 1 de Março ele pode continuar a trabalhar aqui mas o chefe passa a ser o senhor fulano, que é ariano e que trabalha na empresa há muito tempo. Ele vai tomar conta do dinheiro e ele vai precisar de algum dinheiro.» Foi um processo lento, um processo legal, que é muito mais perigoso do que o que acontece repentinamente." (fim de tradução)

Assim que li esta passagem, lembrei-me imediatamente de três "situações" (para usar uma palavra actualmente em voga, regra geral dita de forma abusiva e por quem tem vocabulário reduzido):

i) da Venezuela de Hugo Chávez
ii) do Portugal de José Sócrates
iii) da escalada de leis a favor dos homossexuais

Focando-me apenas no terceiro caso, refiro desde já que não sou favorável a qualquer acto de homofobia, principalmente se violento. Também não sou defensor dos ditos "direitos dos homossexuais", por nada ter a ver com essa causa. Simplesmente, não me diz respeito.

Só não acredito que sejam 10% da população portuguesa, como se quer fazer crer: alguém acredita que há, em Portugal, 1 000 000 de homossexuais? Se chegarem a 1% já é uma sorte - para eles, claro!

No entanto, repare-se na seguinte cronologia. Conseguiu-se aprovar a lei do aborto. Posteriormente vieram as uniões de facto para homossexuais, que, em certos aspectos, têm um regime mais favorável, quer em termos de direito da família e sucessões quer em termos de direito fiscal, do que um homem e uma mulher unidos por casamento, mesmo que com filhos. Percebe-se facilmente o objectivo desta escalada: o casamento entre homossexuais e o direito à adopção de crianças por parte de homossexuais.

Ou se trava já isto, mormente no que concerne a adopção de crianças por parte de casais homossexuais, ou então será tarde. Ou se reage firmemente ou então teremos, num futuro próximo, crianças com dois papás ou duas mamãs, o que é, sob qualquer ponto de vista, uma completa aberração, para não dizer coisa pior. O único "crime" destas crianças foi o de terem nascido de mães e pais biológicos que não lhes deram a necessária assistência, seja por incapacidade seja por qualquer outro motivo, tendo sido entregues para adopção. Isto já não é "defender os direitos dos homossexuais", é sim um grave e egoísta abuso, movido por parte dos lóbis "Gay", algo completamente intolerável, e um claro atentado aos legítimos interesses e direitos da Criança.

Ou se reage já, firmemente, ou será demasiado tarde. Progredir é evoluir na direcção certa. Evoluir na direcção errada é, no mínimo, regredir ou ir na direcção da asneira. Regra geral com graves consequências. Por fim: em 1933 o nazismo é que era "progressista" - depois foi o que se viu. Fixem esta lição da história, Sr. Louçã e Sr Sócrates.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ab initio: Sobre a salvação e o rotweiller de Sócrates

(foto retirada de www.publico.pt)

Hoje a N. Sra. da Salvação, também conhecida por Sra Dra Manuela Ferreira Leite, apresentou o seu programa eleitoral. Ainda não analisei o documento, mas pelo que ouvi na comunicação social gostei. Principalmente do facto e fechar a torneira ao lobby do betão, que não sabe fazer outra coisa senão corromper políticos e sugar os recursos do estado.

Em reacção à apresentação do programa eleitoral da N. Sra. da Salvação, acabei de ver na televisão uma certa personagem chamada "António Santos Silva", cuja função na sociedade desconheço, mas que constatei ser o "Rotweiller de Sócrates".
Pela enésima vez jorrou da sua boca um rol de insultos e disparates, sinal claro do desespero de quem sabe ir perder as eleições.

Será que não há alguém que diga a esta personagem: não estou para aturar "miniature pinschers"?


(foto retirada de "http://prioradodeidiotas.com/oindesmentivel/" - os nossos agradecimentos)

Melhor do que José Sócrates até o "Tatonas"! mesmo morto e enterrado!