quarta-feira, 16 de setembro de 2009

mais uma sobre o nacionalizado-socialista Francisco Louçã

estou neste momento a ver a SIC Notícias. há um painel a falar. de um lado Ferreira do Amaral e Vasco Graça Moura, que está especialmente bem. do outro Medeiros Ferreira e Lídia Jorge, coladinhos ao poder socialista, muito inteligentes a pensarem barbaridades.
Há uns posts atrás, escrevi sobre outro inteligente de ideias erradas: Francisco Louçã. Volto a este tema para o encerrar, com uma última observação sobre a forma eficaz como Louçã angaria os apoios.
O que Francisco Louçã faz é vender um sonho a cada um que o apoia. Não o sonho de uma vida melhor para os portugueses. Não o sonho de prosperidade e de riqueza.
O que Louçã "vende" é sim o sonho de se ser um revolucionário, liberta em cada um dos seus apoiantes o "El Comandante" que há dentro desse mesmo apoiante. Esta ideia é aliciante a vários sectores da sociedade.
Há os estudantes, especialmente os universitários: Louçã dá-lhes o seu Maio de 1968. Há os intelectuais e os artistas, ambos da família dos "intelectualóides": Louçã dá-lhes o sonho e a ilusão de serem revolucionários, vanguardistas, de terem uma inteligência mais avançada do que o seu tempo. De serem os autores de grandes progressos e, daí, o sonho de ficarem famosos. Daqui a esquerda caviar, intelectualmente "snob", apoiar tão frevorosamente Louça e não o Partido Comunista: este é demasiado popularucho, parolo e realista, quase terra-a-terra, para lhe satisfazer o ego e a vaidade. Não se junta a operários e camponeses que dão pontapés na gramática e suam a trabalhar. Por isto as propostas mais estúpidas, irrealistas e inconcretizáveis de Louçã colhem apoios nos sectores atrás referidos, como as nacionalizações e aquela de que "quem tem lucros não despede". Dão o Maio de 68 a uns e a vanguarda revolucionária a outros e não servem para outra coisa senão para serem ditas.
Mais uma vez Louça está como Hitler. 
Hitler despertava em cada apoiante o sonho de ser um grande guerreiro. Um herói de guerra, herói nacional da grande Alemanha. Deu-lhe o sonho de grandeza e o inimigo a combater - os judeus. Tal como Louçã, que aponta como inimigos todos os retrógrados que se opõem às suas propostas, especialmente às fracturantes, que ele nem admite serem postas em causa. Mais "urricos" e os patrões, tudo no mesmo saco. 
Por tudo isto Hitler teve enorme apoio das camadas mais desfavorecidas da população, e resistência nas camadas mais elitistas, como os intelectuais, a alta burguesia e a aristocracia. Não é por acaso que uma das tentativas, das mais de 40 que se conhecem, de assassinar Hitler teve como protagonista o Conde Klaus von Stauffenberg.
Louçã serve-se do egoísmo e da vaidade individuais para angariar apoios. Sentimentos baixos para um apoio desprovido de razão. Em Portugal há uma significativa franja de estudantes universitários, de intelectuais e artistas que está ao nível das camadas populacionais menos instruídas da Alemanha da década de 30. E que não aprenderam com a história. Isto diz tudo!

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